Editorial 2011/01

Este Editorial em PDF

A presente edição está bastante especial.

Nela temos a criteriosa análise de Renato Lessa sobre o campo da ciência política no Brasil e a defesa de uma tradição de vínculo imaginativo com a criação de mundos. Este artigo, inicialmente escrito por demanda da ANPOCS, é capaz de descrever em contornos nítidos uma saída epistemológica para os impasses da disciplina.

O número continua com um excelente ensaio de Gianni Paganini sobre a querela da recepção do ceticismo, localizando a densidade do argumento antigo e do argumento moderno. Descartes é percebido como síntese exemplificativa de tal conflito. Este artigo foi lido pelo professor da Università del Piemonte Orientale, numa conferência quando de sua passagem pelo Laboratório de Estudos Hum(e)anos na qualidade de pesquisador visitante.

Depois o leitor encontrará o artigo de Alex Castro dialogando com tradição do iluminismo cético. E por ela o autor lê a tese do homem máquina de La Mettrie. O artigo procura aproximar Adorno e Sade, mutatis mutandis, da crítica e da apropriação individual do prazer. Por fim, o texto explora as dimensões do que poderia ser denominado de uma teoria apolítica do indivíduo.

Raphael Millet constrói argumento da política como gramática do tempo. Vinculando-a aos processos constituintes percebidos nas idéias de memória constituída e memória constituinte na dialética do museu. Valendo-se do exemplo do Museu do Sexto Distrito na Cidade do Cabo na categoria de experimento filosófico.

Por fim, Cesar Kiraly escreve sobre a cor na inteligibilidade ontológica da política.

Os Editores.

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This Editorial in PDF

This edition is pretty special.

We have a careful analysis of the field of political sciences in Brazil and the defense of a traditional link with the creation of imaginative worlds made by Renato Lessa. Originally written for ANPOCS, his article is describes in its clear features the epistemological output to the problems of discipline.

The issue continues with Gianni Paganini’s excellent essay on the quarrel regarding the reception of skepticism, finding the density of both ancient and modern poits. Descartes is seen as a synthetic example of such conflict. This article has been read by the teacher of the Università del Piemonte Orientale, in a conference promoted by Laboratory of Hum(e)an Studies to celebrate his presence as a visiting researcher.

Then the reader will find an article by Alex Castro dialoging with the skeptical Enlightenment tradition. Through it, the author reads the thesis of the machine Man of La Mettrie. The article seeks to bring Adorno and Sade closer, mutatis mutandis, to the individual criticism and appropriation of pleasure. Finally, the text explores the dimensions of what might be called an apolitical theory of the individual.

Raphael Millet builds the point of politics as grammar of the time, linking it to the constituent processes perceived in the ideas of constituent memory and constituted memory in the dialectic of the museum, using the example of the District Six Museum in Cape Town in the category of philosophical experiment.

Finally, Cesar Kiraly writes about the color on the ontological intelligibility of politics.

The Editors.